As crianças também estão sujeitas à ansiedade e esse fator não é como os medos comuns da infância, pois interfere no comportamento e impede de realizar atividades cotidianas. Saber identificar é essencial para controlar a situação e evitar transtornos a longo prazo, por isso, os pais precisam estar atentos aos sinais e prestar assistência aos filhos o quanto antes.
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De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, aproximadamente 4,4 milhões de crianças foram diagnosticadas com ansiedade no país. Os sintomas podem se manifestar de várias maneiras e normalmente, causam desinteresse por coisas que antes eram consideradas importantes e resultam em problemas de insônia ou excesso de sono.
“Como as crianças mais novas são menos capazes de explicar seus pensamentos ou sentimentos, elas podem descrever sintomas físicos, como dores de estômago ou de cabeça, ou pensamentos assustadores. Já as mais velhas, podem descrever preocupações com muitas coisas diferentes, bem como pensamentos negativos sobre si mesmas ou sobre os outros. Mudanças comportamentais também são comuns, como mau humor, ataques de raiva, agressividade, crises de choro, além de diminuição ou aumento do apetite, urinar na cama, dificuldade de concentração e distanciamento de familiares e amigos”, explica Karen Marker, uma profissional de saúde mental, para o “Yahoo Life”.
Ao identificar esses sinais, os pais precisam acolher seus filhos com empatia, sem diminuir ou minimizar seus sentimentos e pensamentos. Manter o diálogo desde a infância pode ser uma peça-chave para os ajudar a identificar suas emoções. Segundo Marker, os primeiros cinco anos de vida são os mais importantes para o desenvolvimento do cérebro, portanto, incentivar a fala e a expressão dos sentimentos é extremamente benéfico.
“Uma vez que bebês e crianças pequenas ainda não falam, seus pais podem identificar as emoções que eles sentem, por exemplo, se uma criança pequena tem um brinquedo roubado por um amigo e começa a chorar, o pai ou mãe podem dizer: ‘Isso deve fazer você ficar com raiva’. Se ela revidar batendo ou empurrando a outra, devem explicar: ‘Não há problema em ficar com raiva, mas não se deve bater’. Dessa forma, os filhos passam a conhecer e expressar seus sentimentos e controlar as próprias emoções”, esclarece a especialista.
Incluir situações cotidianas para ajudá-los a lidar e reagir de maneira saudável também é uma boa opção. Karen explica que existem muitas formas para isso, por exemplo, vale escolher o livro preferido da criança e selecionar personagens para discutir a maneira como eles reagem e respondem a certas condições.
Embora pareça simples, nem tudo está ao alcance dos pais, mas isso é completamente normal e não é motivo de inferiorização. Às vezes, uma dificuldade ou obstáculo da infância pode levar a algo mais sério, por isso, procurar por um profissional capacitado é o melhor caminho.
“Se você notar uma mudança drástica em um padrão de comportamento que parece incômodo ou se a preocupação ou as explosões emocionais da criança afetam o funcionamento diário, provavelmente é hora de pedir ajuda profissional. Essa decisão pode melhorar a qualidade de vida de todos na família”, finaliza Marker.